Invasão
Então a frente da Juventude volta à escola Padre Leonardo Nunes. Desta vez, uma mudança interessante: A utilização da Fotonarrativas, apresentada pelo prof. Alexandre Henz, do curso de psicologia.
A técnica é interessante para entrelaçar, transversalizar as subjetividades, as sutilezas dos particulares e a experiência mais objetiva e concreta.
Os recentes integrantes da frente, Thiago Polli e Cesar Inoue, responsáveis - mas não somente - pela sistematização das atividades assim o fazem então:
Primeira
visita à escola. Rodoviária. 193. Ansiedade e descontração se confundiam. “É aqui que desce?” “tem certeza?” “É no
outro”. Caminhada até a porta da
escola. Ambiente pouco familiar misturado com lembranças da infância. “Eu cresci ali”. Cigarros acesos. Parecia
haver dois mundos, um interno e um externo, separados pelo portão da escola.
Bitucas jogadas, entrada na escola. “Cadê
a Rose?” “Já já a gente conversa, na sala dos professores tem ar condicionado,
quando bater o sinal a gente entra”. Jantar. Comida muito gostosa. Bate o
sinal. O resto de comida do prato é devorado. Sala dos professores. Ar
condicionado. Choque de temperaturas. Flavia, café, bolachas, Cesar, Rose, ar
condicionado, Danilo, Thiago, copos descartáveis, água, televisão, armários,
uma grande mesa, Ana Carol, Lurdes e Gisele.
Justificativas pela demora de contato. Alterações quanto a proposta do ano
passado. Abaixo a obrigatoriedade, agora entra em cena a voluntariedade “A voluntariedade pode ser bacana, pois quem
for chama os outros”. Aumento de
responsabilidade em fazer dar certo.
Euforia, frustração, cautela, exemplos de outros projetos que deram
certo. “Nossa, que legal, é que nem o
teatro do oprimido.” “Vai fazer com
todas?” ”Essa 8° é diferente” “Mas eles se formam e não voltam mais” O que
é se formar? Estar pronto? Não aceitar mais nada? Não se deixar IN - fluenciar?
“Mas com quem fica a responsabilidade?”
“Passamos uma lista de presença?” “Não se preocupe, aqui é tudo organizado, a
gente passa uma lista.” “NÃO TO ENTENDENDO”! “Como vocês vão fazer o ano
inteiro? Já estamos em novembro.”. Explicações
quanto a greve. “Ficaremos em aula até
abril.” Desejo de continuar o trabalho nas férias. Utopia? Devemos parar
nas férias? Voltamos só em fevereiro? Teremos só 4 encontros? “Vamos
construir isso com o grupo. Se o grupo quiser continuar nas férias,
continuamos, se quiser parar e retornar em fevereiro, retornamos em fevereiro.
Tudo vai ser construído junto, desde as atividades até os dias de trabalho. É
difícil pré – ver o que vai acontecer,
porque tudo vai depender do grupo.”